sexta-feira, 29 de abril de 2011

Preconceito Lingüístico é o preconceito contra pessoas que falam de forma diferente, e pessoas de classe social superior acham que aquela forma, daquela pessoa falar, é errada e as ridicularizam, acha engraçado. Mas não é errada, é apenas diferente. Vários tipos de regiões falam de maneira diferente, tendo o seu próprio sotaque, tem gente que "puxa" mais os "rr" ou "s". E isso varia de região para região.
Dizem que quem fala bem é o pessoal do maranhão, só porque o a forma culta de falar deles é mais puxado pro português de Portugal. Mas isso é Mentira, só porque pessoas não tiveram um ensino de base, ou não freqüentaram a escola, quer dizer que elas falam errado?
Não, muitas pessoas vivem em condições precárias, não tiveram acesso a escolas ou pessoas de classes inferiores não tiveram condições de pagarem escolas particulares, mas isso não significa que eles não sabem falar, eles podem não saber todas as regras gramaticais, podem não saber o português padrão. Mas eles sabem falar. Muitas crianças que vem de regiões diferentes e tem o seu modo de falar, porque na sua região fala daquela modo, e ao entrarem na escola, os professores começam a introduzir as regras gramaticais, o português padrão, isso confunde a cabeça delas, e se elas não conseguem falar daquele modo que o professor está ensinado, elas passam a se sentir inferior, os alunos já começam a ridicularizá-las, já passam a chamá-las de "burras" e isso causa um constrangimento nas crianças, ou até mesmo prejudica o desenvolvimento delas.
Muitas pessoas não sabem o que é o preconceito lingüístico, não sabem nem da existência dele, porque a sociedade está mais ligada aos preconceitos sociais, aos preconceitos contra homossexuais, contra a mulher, contra a cor da pele. Existem varias Organizações contra esses tipos de preconceito, mas contra o preconceito lingüístico quase não tem nenhuma. Portanto, muita gente ridiculariza pessoas que tem o seu sotaque, ou fala diferente, sem saber que está cometendo um tipo de preconceito.


Ranyelle Miranda, 1º Ano B.
Marcos Bagno fez um levantamento dos mitos mais comuns que os falantes nativos de língua portuguesa têm e provou que eles não se sustentam.


Mito 1: A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente.
Mito 2: Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português.
Mito 3: Português é muito difícil.
Mito 4: As pessoas sem instrução falam tudo errado.
Mito 5: O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão.
Mito 6: O certo é falar assim porque se escreve assim.
Mito 7: É preciso saber gramática para falar e escrever bem.
Mito 8: O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social.
"No Brasil há dialetos incrivelmente distintos em cada estado, até em cada cidade podemos perceber grandes diferenças na fala da população e alguém tem coragem em afirmar que a língua é falada mal?"

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vejam nosso vídeo falando sobre preconceito lingüístico.





Com o vídeo acima é possível perceber que muitos que se dizem "contra" o preconceito lingüístico acabam praticando o tal preconceito, ridicularizando o colega por pronunciar a palavra "problema" diferente do que diz a  nossa norma culta.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Preconceito Linguístico?

Alguém ainda lembra dos seus tempos de escola, quando aquele colega que sempre que precisava ler alguma palavra com dois erres (rr) como, por exemplo, carroça, acabava pronunciando um belo caroça e toda a turma caía na gargalhada? Ou ainda aquele que veio lá do interior e era conhecido como caipira? Lembram?
Pois já naquele tempo, vocês, inocentes crianças, estavam cometendo preconceito linguístico.

No Brasil falamos português, isso todos sabemos. Mas por algum motivo, convencionou-se que o português falado deve ser o mesmo que o português escrito. Isso quer dizer que, ao longo dos anos, a gramática normativa e a língua foram tratadas como uma coisa só.
Ainda não ficou claro? Eu explico melhor: o português que a gente aprende na escola é chamado português padrão, cujas regras de composição são definidas pela gramática. Tudo certo até aí?

Pois bem, o fato é que a língua falada é muito mais viva e flexível do que as regras escritas naquele livrão grosso. Portanto, língua falada e língua escrita são coisas totalmente diferentes.
Contudo, no momento em que vemos uma luta imensa para abolir os mais diversos tipos de preconceito, aquele do tipo linguístico continua desconhecido fora dos círculos acadêmicos, e o que é pior, estimulado pelos meios de comunicação em massa, como rádio e TV.
Nessa série de artigos nos quais eu vou tentar desmistificar vários aspectos do português como língua falada, com objetivo de acabar com esse preconceito, vou me basear em dois livros excelentes do Marcos Bagno, um grande linguista brasileiro que trata do tema preconceito linguístico com uma naturalidade e objetividade muito boa.

São eles:
No primeiro deles, Bagno destaca 8 mitos do senso comum sobre a língua portuguesa. Através da exposição desses mitos, vou ajudar vocês a entenderem melhor as diferenças entre língua falada e língua escrita, para nunca mais ridicularizar alguém pelo seu jeito de falar.



Autor: André Gazola
Antes de qualquer coisa, é de extrema importância definir preconceito linguístico:
O tratamento da língua, hoje em dia, é proporcional ao mundo em que se vive. Uma língua é caracterizada pela sua forma de comunicação e interação social existente desde o princípio de sua utilização como comunicação verbal independentemente da forma como a fala foi ou é colocada. Algumas pessoas apresentam idéias sem fundamento, que as levam a menosprezar, com atitudes discriminatórias contra pessoas que não usam o padrão linguístico, essa é denominada preconceito linguístico


Padrão linguístico: A língua que aprendemos na escola, cujas regras de composição são definidas pela gramática.